Recuperar a visão positiva das usinas hidrelétricas como uma fonte renovável e sustentável é uma das agendas das entidades setoriais de energia para este ano, segundo Mário Menel, presidente do Fórum das Associações do Setor Elétrico (FASE) e da Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia (Abiape).
Menel afirmou nesta quinta-feira (7/8) que uma coalizão de 35 entidades setoriais vai apresentar um relatório sobre a retomada das hidrelétricas na COP30, em novembro.
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“Estamos elaborando um documento mostrando os benefícios, inclusive ambientais, da retomada das hidrelétricas”, disse Menel no Energy Day 2025, evento do escritório Lefosse em São Paulo.
Menel criticou a perda de espaço da energia hídrica no país e afirmou que a retomada pode ser a saída para evitar racionamento de energia em um futuro próximo.
A fala de Menel foi uma resposta à afirmação do presidente da Copel, Diogo Mac Cord, de que o Brasil pode sofrer um apagão em 2029 por falta de potência.
O país tem sofrido com a sobra de energia em certos horários e a falta em momentos de pico, como após o pôr-do-sol. Sem conseguir aproveitar toda a energia, as usinas acabam obrigadas a reduzir a produção, o que é conhecido como “curtailment”.
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A falta de capacidade de armazenar energia para uso nos momentos de maior demanda é um dos motivos do problema. “O Brasil sempre se orgulhou das hidrelétricas, que são a melhor fonte renovável, que tem reservatórios que funcionam como baterias”, afirmou Mac Cord. “Em algum momento isso se perdeu.”
Embora sejam consideradas fontes renováveis, as hidrelétricas passaram a receber mais críticas nos últimos 30 anos por causa de outros impactos ambientais e sociais, como deslocamento de populações locais.