O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (10/12), a suspensão por seis meses do mandato do deputado Glauber Braga (PSol-RJ). A medida foi uma vitória para o parlamentar, que corria o risco de ser cassado e perder os direitos políticos.
Foram 318 votos favoráveis e 141 contrários. Ele precisava de maioria absoluta: ao menos 257 votos.
A reviravolta ocorreu quando o plenário aprovou um destaque da federação PSol-Rede que substituía a cassação pela suspensão do mandato. A articulação para manter o mandato do parlamentar foi conduzida pelo líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), durante toda esta quarta-feira.
Além do apoio do governo, partidos de Centro também liberaram as bancadas, o que permitiu que deputados de partidos como o PP, União Brasil e PSD votassem favoráveis a Glauber.
O processo contra o parlamentar foi aberto pelo Partido Novo depois de ele agredir com chutes o militante Gabriel Costenaro, do Movimento Brasil Livre (MBL) dentro da Câmara dos Deputados, em abril de 2024. O psolista acusou o ex-presidente da Casa Arthur Lira (PP-AL) de articular sua cassação por denunciar o orçamento secreto.
Em abril, quando o Conselho de Ética aprovou sua cassação, o deputado permaneceu em greve de fome dentro do plenário onde foi feita a votação.
Nessa terça (9/12), Glauber ocupou a mesa da presidência da Câmara depois de o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) anunciar que a representação entraria na pauta do plenário. Ele foi retirado pela polícia legislativa com uso da força.