Polícia Federal abre inquérito para investigar contaminação de bebidas por metanol

A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar a distribuição de bebidas alcoólicas contaminadas com metanol. De acordo com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, há suspeita de conexão com o crime organizado. A investigação foi aberta na segunda-feira (29/9) após o aumento de casos de intoxicação que somam três mortes em São Paulo.

O ministro afirmou nesta terça-feira (30/9), em coletiva de imprensa, que na sexta-feira (26/9) após a pasta emitir um alerta e uma nota técnica sobre as investigações, determinou ao diretor da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, que “abrisse um inquérito policial para verificar a procedência dessa droga e a possível rede de distribuição, que ao que tudo indica transcende os limites de um único estado”.

Segundo Lewandowski, apesar de as ocorrências estarem concentradas em São Paulo, “tudo indica que há uma distribuição para além do estado e, portanto, sendo uma ocorrência que transcende limites de um estado, isso atrai a competência da Polícia Federal”.

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De acordo com o diretor da PF, a apuração partirá de duas motivações: “A questão da interestadualidade e a possível conexão com investigações recentes que fizemos agora, especialmente no estado do Paraná, que se conectou com outras duas de São Paulo em razão de toda a cadeia de combustível, aonde grande parte disso passa pela importação de metanol pelo Porto de Paranaguá”.

Além da investigação da PF, o ministro determinou a abertura de um inquérito administrativo na Secretaria Nacional do Consumidor “para acompanhar essas ocorrências e verificar do ponto de vista do direito do consumidor quais são as providências que nós podemos adotar”. Segundo ele, foram realizadas todas as ações necessárias. “Tomamos as providências cabíveis, providências, diria eu, enérgicas,  para não só identificar a origem (do metanol), mas para podermos coibir a distribuição desses produtos que são claramente intoxicantes para a população”, disse.

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