Dino autoriza operação contra deputado Antônio Doido, suspeito de desviar verbas do PA

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou operação da Polícia Federal contra o deputado Antônio Doido (MDB-PA), empresários e operadores de um suposto esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e crimes eleitorais envolvendo recursos públicos no Pará. Veja aqui a decisão na íntegra.

De acordo com as investigações, foram feitos saques fracionados de dinheiro em espécie que somam R$ 48 milhões. Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão, a Polícia Federal encontrou dois celulares no jardim do prédio de Doido, que teriam sido jogados pela janela, além de dinheiro em espécie dentro do imóvel.

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Entre as medidas autorizadas pelo magistrado estão a busca e apreensão, quebra de sigilo telemático, bloqueio de bens e impedimento de empresas participarem de licitações. As medidas foram requeridas pela Polícia Federal. Dino indeferiu a busca no gabinete do deputado porque as investigações referem-se ao período em que o parlamentar disputava a Prefeitura de Ananindeua (PA).

O ministro avaliou que há indícios “robustos” de uma organização criminosa e que as medidas cautelares são necessárias. Entre os fatos apresentados pelo ministro para justificar a operação estão os saques milionários fracionados, o uso de policiais no esquema, movimentações financeiras atípicas entre os políticos e empresários e conversas e arquivos dos celulares dos investigados.

Dino também destacou que as investigações indicam “possível participação de investigados com o tráfico internacional de drogas, contrabando de cigarros, agiotagem e outras atividades ilícitas”.

De acordo com a Polícia Federal, o deputado Antônio Doido seria o operador financeiro do esquema, pois teria papel central na movimentação e ocultação de recursos. A esposa do parlamentar, Andrea Costa Dantas, seria uma das pessoas que teriam feito operações suspeitas.

O magistrado autorizou ainda o compartilhamento de informações do inquérito da PF com a Controladoria-Geral da União e com o Tribunal de Contas da União.

O JOTA não conseguiu contato com o parlamentar. O espaço segue aberto.

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