O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin, comemorou nesta sexta-feira (21/11) o avanço das tratativas com os Estados Unidos para reduzir o tarifaço aplicado às exportações brasileiras. Segundo ele, a retirada da tarifa adicional de 40% sobre 238 produtos é “o maior avanço” desde o início das negociações com o governo Donald Trump.
Alckmin destacou que a decisão diminui de 36% para 22% a fatia das exportações brasileiras aos EUA que ainda enfrentam a tarifa de 50%. “Tivemos agora o maior avanço e 238 produtos saíram do tarifaço”, afirmou no Palácio do Planalto. “Estávamos com 36% de produtos com tarifa 50% e reduzimos para 22%.”
Na quinta-feira (20/11), a Casa Branca removeu a sobretaxa para uma lista de itens majoritariamente agrícolas — café, carne bovina, tomate, banana, açaí, castanha de caju, manga, mandioca, goiaba, bambu e tipos de chá, entre outros. Café e carne, dois dos principais produtos da pauta brasileira de exportação aos EUA, estão entre os beneficiados.
A decisão tem efeito retroativo a 13 de novembro de 2025, o que permitirá reembolso para cargas exportadas após essa data. Ficaram de fora, porém, setores sensíveis da indústria brasileira, como máquinas e implementos agrícolas, veículos e autopeças, aço e derivados siderúrgicos, têxteis, calçados e produtos químicos específicos.
Alckmin ressaltou que, antes dessa rodada, outros itens já haviam sido retirados do tarifaço, como celulose, ferro-níquel e madeiras. Ele disse que o movimento mais recente ocorre após o diálogo estabelecido entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em outubro, na Malásia.
“Na exposição de motivos do presidente Trump, ele destaca o diálogo com o presidente Lula. Foi importante o diálogo. Continuamos otimistas e o trabalho não terminou, mas avança com menos barreiras. Alguns produtos de alimentos, como mel e uva, e produtos industriais ainda estão no tarifaço”, afirmou.
O ministro reiterou que o objetivo do governo brasileiro é continuar reduzindo as barreiras impostas pelos EUA. “Queremos reiterar que nós continuamos otimistas e o trabalho não terminou. Ele avança e, agora, eu diria que com menos barreiras”, disse.