Boulos ministro, Bolsa Família e COP30: 9 fatos que você precisa saber para terminar a semana

Conforme o fim do ano se aproxima, o governo concentra seus esforços para fechar as contas no azul e organizar o orçamento do próximo ano. Neste momento, a equipe econômica se movimenta para suprir o espaço contábil gerado com o arquivamento da MP 1303. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, diz que a compensação virá por meio de dois projetos de lei, que taxam as bets, fintechs e controla gastos. Apesar do cenário incerto:

1. Durigan diz que meta será mantida e estabilidade fiscal é ‘o importante do presente’

Em meio à preocupação do mercado sobre o governo não alcançar a meta e decidir aumentar gastos de olho nas eleições de 2026:

2. Ministro do Desenvolvimento Social descarta reajuste no Bolsa Família para 2026

Em entrevista ao JOTA, o ministro Wellington Dias descartou o reajuste do Bolsa Família, ao argumentar que não é necessário porque a inflação está controlada, há estabilidade nos preços dos alimentos e redução do câmbio, fatores que preservam o poder de compra das famílias. Assista à íntegra:

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Ainda em relação às contas da União, você viu que…

3. Moraes pede vista e interrompe o julgamento da desoneração da folha de pagamentos

Nos corredores do Planalto, um dos destaques da semana foi a nomeação de Guilherme Boulos para a Secretaria-Geral da Presidência. Ricardo Galvão, cientista que foi demitido, em 2019, da direção do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, irá assumir o posto. Galvão é o próximo suplente da lista da federação PSol/Rede. Sobre o movimento do presidente Lula, vale ressaltar o plano de fundo:

4. Com ministério, Boulos busca se reposicionar na política para o pós-Lula

Como assim? 

O parlamentar, segundo interlocutores, estava desconfortável na Câmara dos Deputados por entender que seu perfil é mais compatível com o Executivo e com o trabalho construído diretamente nas bases. O convite de Lula, feito quase dois meses atrás, foi prontamente aceito porque o deputado entende que a pasta lhe dará condição de conectar a política institucional, visto que o ministério é responsável pela articulação com os movimentos sociais, justamente onde está o marco inicial de sua história, nascida como líder do MTST.

De saída

Isolado especialmente por ter aberto divergência no julgamento que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de estado, o ministro Luiz Fux pediu para deixar a 1ª Turma, que analisa a ação penal da trama golpista, e migrar para a 2ª Turma, mas:

5. O que significa Luiz Fux ir para a 2ª Turma do STF?

Por que importa: o ministro deixará o julgamento dos recursos da ação penal sobre a tentativa de golpe e existe a possibilidade de ele levar para 2ª Turma o recurso sobre a inelegibilidade de Jair Bolsonaro pela Justiça Eleitoral. Isso porque ele leva seu acervo da 1ª Turma para a 2ª, contudo, o entendimento majoritário é que o caso fica na 1ª Turma porque o julgamento começou por lá. Por outro lado, há interpretação de parte dos ministros que o caso poderia ir para a 2ª Turma porque a 1ª não tratou do mérito. Inclusive, o ministro defendeu seu voto divergente pela absolvição de Bolsonaro.

O prazo já começou a contar:

6. STF publica acórdão da condenação de Jair Bolsonaro e abre prazo para recursos

Mensagem trocada

Outro destaque da semana foi que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concedeu licença para a Petrobras para perfurar um poço exploratório em águas profundas do Amapá, na bacia da Foz do Amazonas, conhecida como Margem Equatorial.

Organizações ambientais reagiram com dureza. O Greenpeace Brasil afirmou que, “às vésperas da COP30, o Brasil se mancha de óleo na própria casa”. Já o Observatório do Clima classificou a decisão como uma “sabotagem à COP30”. O presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, saiu em defesa do país:

7. Presidência da COP30 diz que decisão sobre exploração na Foz do Amazonas não muda papel do Brasil na conferência

Vazamento na XP Investimentos

Um investidor que teve informações como saldo, posição [valor investido] e limite de crédito acessadas no episódio de vazamento de dados da XP Investimentos, comunicado aos clientes da corretora em abril, recorreu à Justiça. E será indenizado em R$ 2 mil, por danos morais. Veja como foi:

8. XP é condenada a indenizar investidor por vazamento de dados como valor investido

Acordo fechado

Após assinar a reportagem “A História dos Aspirantes”, publicada na revista Placar em 2001, o jornalista André Rizek foi processado, junto com a Editora Abril, por jogadores de base citados na matéria, um dos quais era atleta do Corinthians na época. Condenado, desembolsou mais de R$ 1 milhão para quitar duas ações cíveis movidas por ex-jogadores que processaram ele próprio e a Abril. O imbróglio chegou a um episódio final:

9. André Rizek receberá R$ 250 mil da Abril para encerrar processo contra empresa

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