Ebserh apresenta projeto de hospital em São Paulo

O presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), Arthur Chioro, apresentou nesta sexta-feira (26/9) o projeto arquitetônico para construção do novo hospital da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A obra está entre os maiores investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC Saúde) da estatal, no valor de R$ 206 milhões.

Este será o primeiro hospital gerido pela Ebserh na capital paulista. As obras, num terreno de 36.750 metros quadrados em Santo Amaro doado pela Prefeitura de São Paulo, terão início em março de 2026. A previsão é de que ele seja concluído no segundo semestre de 2028.

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“Ele será entregue pronto. O início das atividades será feito por etapas, mas toda a obra estará concluída”, afirmou ao JOTA o presidente da Ebserh. Com 326 leitos, o hospital atenderá alta complexidade em neurologia, cardiovascular, oncologia e traumato-ortopedia. Terá ainda atendimento clínico, cirúrgico, materno-infantil, além de emergência clínica, centro de diagnósticos e emergência.

A escolha das áreas de atendimento, de acordo com Chioro, foram precedidas de um estudo sobre as demandas da região e do mapeamento dos serviços atualmente disponíveis. “Para isso foram feitas análises sobre o perfil epidemiológico, a capacidade instalada e o perfil demográfico”, disse.

Foram dois anos entre a ideia e a conclusão do projeto, apresentado nesta sexta-feira à comunidade da Unifesp. “O plano é produto do esforço e do diálogo que envolve a Unifesp, a Ebserh e a prefeitura”, disse Chioro. A ideia, segundo ele, é fazer integração entre pesquisa, ensino e assistência.

O projeto prevê oito salas de centro cirúrgico de grande porte, além de atendimento materno-infantil. O custo total do hospital é estimado em R$ 300 milhões. “A intenção é construir um hospital que faça sentido para o SUS, para a região e para a população. O hospital não será de São Paulo, mas da universidade.”

Os recursos para a complementação das obras e para o início do funcionamento do hospital deverão ser fornecidos pelo Ministério da Saúde. Está prevista a criação de 1.700 vagas de profissionais, além de uma equipe de terceirizados. A responsabilidade será da Ebserh, por meio de contrato de gestão. “Isso desonera a universidade”, acrescentou Chioro.

A reitora da Unifesp, Raiane Patrícia Severino Assumpção, afirmou que a nova unidade complementará o complexo hospitalar da universidade. “As especialidades vão atender a uma demanda da prefeitura. Este é um encontro de entendimento da comunidade acadêmica com a necessidade real do próprio sistema de saúde”, disse.

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