Corregedoria da Câmara recomenda suspensão de Van Hattem, Zé Trovão e Pollon por motim

A Corregedoria da Câmara dos Deputados sugeriu a suspensão por 90 dias do mandato do deputado Marcos Pollon (PL-MS) pela participação no motim que obstruiu o plenário da Casa há cerca de um mês. A recomendação também foi estendida aos parlamentares Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Zé Trovão (PL-SC) em um período menor, por 30 dias.

O corregedor-geral da Câmara, deputado Diego Coronel (PSD-BA), concluiu nesta sexta-feira (19/9) a análise das representações contra os parlamentares que participaram do ato no início de agosto. Coronel também propôs censura escrita para todos que participaram da ação, liderada pelo PL.

O parecer foi enviado à Mesa Diretora da Câmara, que decidirá o encaminhamento das recomendações apresentadas. A sugestão de censura escrita poderá ser aplicada pela mesa, já as suspensões de mandato demandam análise pelo Conselho de Ética e em Plenário. No entanto, como o parecer do corregedor é opinativo, não há garantia de que o processo tenha seguimento.

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Além de Pollon, Van Hattem e Zé Trovão, o corregedor recomendou a censura escrita aos seguintes deputados:

Allan Garcês ( PP – MA );
Bia Kicis (PL-DF);
Carlos Jordy (PL-RJ);
Caroline de Toni (PL-SC);
Domingos Sávio (PL-MG);
Julia Zanatta (PL-SC);
Nikolas Ferreira (PL-MG);
Paulo Bilynskyj (PL-SP);
Marco Feliciano (PL-SP);
Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara e
Luciano Zucco (PL-SC), líder da Oposição na Câmara.

Coronel considerou que Pollon, Van Hattem e Zé Trovão realizaram condutas mais gravosas e por isso o pedido de suspensão. A ação desses deputados também se estendeu a obstrução à cadeira da Presidência da Câmara e, no caso de Pollon, a declarações difamatórias contra o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB).

Motim na Câmara

Os deputados ocuparam o plenário da Câmara e do Senado há cerca de um mês, durante a madrugada de 5 e 6 de agosto, em protesto contra Motta e pela defesa de Jair Bolsonaro (PL). A exigência era de que fosse pautada a urgência do projeto da anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro e, no Senado, o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF)

No dia anterior, o Moraes havia decretado a prisão domiciliar do ex-presidente.

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