A primeira pesquisa Genial/Quaest realizada após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo Supremo Tribunal Federal (STF) mostra que a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se mantém estável. Hoje, 51% desaprovam o governo e 46% aprovam — os mesmos números de agosto.
Na leitura mais detalhada dos dados de avaliação do governo, 38% atribuem notas negativas à gestão, como ruim ou péssima (queda de 1 ponto), 31% como ótima ou boa (estável) e 28% como regular (alta de 1 ponto).
Em relação às expectativas, a percepção também é predominantemente negativa: 50% dizem que o governo está pior do que esperavam, contra 21% que afirmam o contrário.
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O levantamento também mediu a reação à condenação de Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão. A maioria (56%) acredita que houve uma tentativa de golpe no país e 54% veem o ex-presidente como participante direto do plano. Ainda assim, 49% consideram a pena exagerada. Punições alternativas como prisão domiciliar (51%), tornozeleira eletrônica (48%) e inelegibilidade (47%) são vistas como proporcionais.
Confira outros destaques da pesquisa:
Programas sociais: Minha Casa Minha Vida (89%), Farmácia Popular (88%) e Bolsa Família (80%) mantêm índices elevados de aprovação. O apoio a benefícios como a isenção na conta de luz para baixa renda (74%) e o Gás do Povo (67%) reforça a percepção de que tais políticas se consolidaram como “direitos” — hoje, 65% defendem que não podem ser retirados, contra 51% em março.
Moraes em alta: Caiu a pressão pelo impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Agora, 52% rejeitam a ideia, ante 43% em agosto. O apoio recuou para 36% (menos 10 pontos).
Economia oscilante: A percepção sobre preços e poder de compra ficou estável, mas a expectativa futura é um pouco mais otimista: 40% esperam melhora no poder de compra, contra 37% que projetam piora. Também cresceu o número dos que acham mais fácil conseguir emprego hoje (41%, alta de 7 pontos).
Anistia em debate: A proposta de anistiar condenados pelos atos de 8 de janeiro divide opiniões: 41% rejeitam, 36% apoiam que inclua Bolsonaro e 10% defendem restrição apenas aos participantes. Até entre lulistas há apoio: 22% são favoráveis; entre bolsonaristas, 19% são contrários à anistia.
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A pesquisa ouviu 2.004 pessoas entre 12 e 14 de setembro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Os cenários eleitorais para 2026 serão divulgados nesta quinta-feira (18/9).