Previsto para iniciar nesta terça-feira (2/9), o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros 7 réus na Ação Penal 2668, sobre tentativa de golpe, no Supremo Tribunal Federal (STF), terá a segurança reforçada. Na segunda-feira (1/9), a Polícia Militar do DF vai enviar policiamento com viaturas e agentes para fazerem a guarda em frente ao STF até o final do julgamento.
Na manhã do primeiro dia de julgamento, haverá uma varredura a ser feita pela Polícia Federal em toda a área do Supremo, com a participação de cães farejadores. Além disso, a Secretaria e Segurança Pública está preparada para fechar a Esplanada dos Ministérios, em caso de eventual necessidade.
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A Corte contará com reforço de 30 agentes da Polícia Judicial de outros estados. Eles são da Justiça Federal do Rio de Janeiro, Tribunal Regional do Trabalho do Rio e Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo. Também foram convocados agentes da Justiça Federal do DF, Tribunal de Justiça do DF, Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Tribunal Regional do Trabalho do DF e do Tribunal Superior do Trabalho.
A tropa de choque e Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), ambos da PM do DF, além do Comando de Operações Táticas da Polícia Federal da Polícia Federal, estará de sobreaviso. E há possibilidade de que homens do Choque fiquem no bosque caso precise atuação rápida.
A partir de terça-feira (2/9), quando se inicia o julgamento, a Praça dos Três Poderes será fechada e eventual passagem de pessoas será com controle de acesso. O trânsito, entretanto, seguirá livre.
Ação Penal 2668
A partir de terça-feira (2/9), o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus na Ação Penal 2668 serão julgados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
De acordo com a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), esse grupo forma o núcleo crucial da “organização criminosa”, mesmo que a adesão ao plano tenha ocorrido em momentos distintos. Deles partiram as principais decisões e ações de impacto social.
Ao votar por tornar o grupo réu, o relator, ministro Alexandre de Moraes afirmou que, desde 2021, o ex-presidente Jair Bolsonaro começou a organizar uma estratégia para difundir notícias falsas e atacar as urnas eletrônicas, em uma transmissão ao vivo que viralizou. “Há indícios razoáveis que apontam Jair Messias Bolsonaro como líder da organização criminosa”, disse, citando que a “denúncia da PGR detalha essa participação e atos executórios”.
O julgamento será conduzido pela 1ª Turma, que é composta por Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Luiz Fux.