O curtailment, ou corte de geração, está no centro dos problemas do setor elétrico brasileiro. Na prática, o curtailment é quando o Operador Nacional do Sistema (ONS) precisa mandar desligar usinas eólicas ou solares que poderiam estar produzindo porque a rede não dá conta de escoar ou aproveitar toda a energia gerada. Antes era algo raro. Agora, com a expansão das renováveis, acontece cada vez mais.
E esse não é o único desafio do setor. Depois de mais de uma década de crescimento acelerado, a indústria eólica viveu, em 2024, o seu pior ano desde antes da pandemia: foram instalados pouco mais de 3 gigawatts de novas usinas, uma queda de 31% em relação a 2023.
Para discutir o cenário atual e os caminhos para a recuperação do setor, nós recebemos Elbia Gannoum, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) e enviada especial do Brasil para a COP30.
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Na conversa, a Elbia fala sobre os impactos da geração distribuída no sistema e de pontos decisivos para o setor neste ano, como o marco da eólica offshore, os leilões de capacidade e as regras para armazenamento de energia.
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Nas últimas semanas, o Joule abordou: o compromisso do setor privado com a COP30, políticas públicas para a transição energética no Espírito Santo, isenção do Imposto Seletivo no setor de petróleo e gás, captura e armazenamento de carbono, tributação da matriz energética, data centers, os efeitos do futuro mercado regulado de carbono, mercado regular de gasolina e diesel, financiamento da transição climática, a crise elétrica em São Paulo, a geração de energia elétrica no Brasil, o futuro da energia nuclear, a corrida pelo hidrogênio verde no Nordeste brasileiro, a atuação do crime organizado na operação de combustíveis, os prognósticos para o gás natural e o biometano, entre outros.
