CPMI do INSS convida ex-ministros de Dilma, Temer, Bolsonaro e Lula

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que busca apurar supostas fraudes no INSS aprovou o convite de ex-ministros da Previdência Social, que integraram os governos de Dilma Rousseff, Jair Bolsonaro, Michel Temer e a atual gestão de Luiz Inácio Lula da Silva.

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Entre os ex-ministros convidados na primeira leva de requerimentos estão Carlos Eduardo Gabas (Dilma 2), José Carlos Oliveira (Bolsonaro), Onyx Lorenzoni (Bolsonaro), Carlos Roberto Lupi (Lula 3). Também integra a lista Marcelo Abi-Ramia Caetano, ex-secretário de Previdência do Ministério da Fazenda do governo Temer.

O colegiado aprovou o plano de trabalho, que prevê que as investigações serão feitas a partir de 2015. O governo tentou negociar para que as investigações fossem feitas a partir do governo Temer, mas não obteve sucesso. A ideia é que sejam ouvidos, também, presidentes do INSS e o comando de entidades e associações supostamente envolvidas nos esquemas. Entre eles, já foi convocado Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “careca do INSS”.

O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), indicou como vice-presidente do colegiado o deputado Duarte Jr. (PSB-MA), integrante da base governista.

O cronograma aprovado coloca o dia 28 de março de 2026 como prazo final para a apresentação e votação do relatório a ser apresentado pelo relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL). Gaspar afirma no documento que “o fluxo dos descontos irregulares será analisado, incluindo possíveis fraudes nos empréstimos consignados”.

O objetivo, segundo ele, será verificar o destino dos recursos desviados, quais entidades e pessoas físicas se beneficiaram, bem como os possíveis crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa, corrupção ativa e passiva.

Na última semana, o governo sofreu uma reviravolta e o senador Carlos Viana (Podemos-MG) foi eleito presidente da CPMI. O acordo inicial era a presidência ficaria com o senador Omar Aziz (PSD-AM), com perfil mais governista e que dava um cenário mais positivo para o Executivo.

O presidente da comissão, entretanto, tem feito um discurso pacificador. “Não podemos fazer parte de uma minoria privilegiada, inconsciente dos seus compromissos com os cidadãos brasileiros. O mínimo que a população espera de nós é comprometimento, seriedade e isenção”, disse Viana.

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