AGU pede para PF investigar fake news contra Banco do Brasil

A Advocacia-Geral da União (AGU) encaminhou à Polícia Federal notícia-crime solicitando a instauração de inquérito policial para apurar a divulgação de fake news contra o Sistema Financeiro Nacional, em especial contra o Banco do Brasil. No documento, a advocacia pública afirma que os fatos podem guardar correlação com investigações penais em curso no Supremo Tribunal Federal (STF).

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Segundo a AGU, desde 19 de agosto de 2025, diversos perfis em redes sociais passaram a veicular notícias falsas envolvendo agentes do sistema financeiro nacional – e o Banco do Brasil – em reação ao posicionamento institucional sobre as sanções impostas pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos da América, por meio da Office of Foreign Assets Control (OFAC), com base na chamada Lei Magnitsky.

Perfis ligados a direita vêm recomendando a venda de ações e a retirada de recursos do banco, alegando até que o Banco do Brasil pode ir à falência por descumprimento das sanções ligadas à Lei Magnitsky. O BB é responsável pelo pagamento da folha salarial do funcionalismo público federal, como o Supremo Tribunal Federal, incluindo a do ministro Alexandre de Moraes, atingido pela Magnitsky.

“Propagando desinformação, no interesse de pressionar agentes financeiros e gerar caos no Sistema Financeiro Nacional, perfis em redes sociais passaram a divulgar mensagens sugerindo a necessidade urgente de retirada de dinheiro dos correntistas de bancos”, diz um trecho do documento.

Para a AGU, as publicações em redes sociais têm “potencial de fomentar uma verdadeira corrida bancária para retirada de valores dos bancos” e causar prejuízo à economia do país.

“Ademais, a atuação da Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia fundamenta-se, entre outros princípios, no respeito à liberdade de expressão, ao pluralismo político, à liberdade de imprensa e à diversidade de ideias. Sua intervenção ocorre exclusivamente quando demonstrado o interesse público da União e constatada a existência de dano efetivo ou de indícios concretos de potencial prejuízo, circunstância que se verifica no presente caso”, diz outro trecho do documento da AGU.

Na sexta-feira, o Banco do Brasil enviou um ofício à AGU pedindo a adoção de medidas jurídicas cabíveis contra a disseminação de fake news quanto à existência de sanções estrangeiras ou bloqueio de ativos de magistrados do STF.

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