O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quarta-feira (6/8) a visita dos filhos, cunhadas, netos e netas do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL), sem a necessidade de prévia comunicação à Justiça. Contudo, devem ser observadas as medidas cautelares impostas como a proibição do uso de redes sociais, inclusive por terceiros.
O ex-presidente Jair Bolsonaro está em prisão domiciliar desde segunda-feira (4/8) em sua casa, em um condomínio em Brasília (DF), por ordem de Alexandre de Moraes. O ministro decretou a prisão domiciliar preventiva porque, em sua análise, Bolsonaro descumpriu pela segunda vez as medidas cautelares impostas no dia 17 de julho, como o uso de redes sociais, inclusive por intermédio de terceiros. Bolsonaro também teve os celulares apreendidos pela Polícia Federal.
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A prisão domiciliar ocorreu após postagens de imagens nas redes sociais de Bolsonaro no domingo (4/8). Em uma delas, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) postou um vídeo de Bolsonaro sentado em uma cadeira mostrando a tornozeleira eletrônica e falando com apoiadores durante as manifestações a seu favor, no domingo (4/8).
Em outra, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) fez uma videochamada com o ex-presidente também durante as manifestações. Bolsonaro estava proibido de sair de casa aos fins de semana e de usar redes sociais, inclusive por intermédio de terceiros.
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A defesa de Jair Bolsonaro alega que o ex-presidente não descumpriu as medidas cautelares impostas e vai entrar com recurso. “A frase ‘Boa tarde, Copacabana. Boa tarde meu Brasil. Um abraço a todos. É pela nossa liberdade. Estamos juntos’ não pode ser compreendida como descumprimento de medida cautelar, nem como ato criminoso”, argumentam os advogados do ex-presidente, Celso Vilardi, Paulo Amador da Cunha Bueno e Daniel Tesser.