Kid preto diz que Exército errou ao não se posicionar sobre acampamentos em quartéis

O coronel Márcio Nunes de Resende Júnior avaliou em interrogatório no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (28/7) que o silêncio do Exército sobre os acampamentos em portas de quartéis-generais foi um erro. Integrante das Forças Especiais, o kid preto é um dos dez réus interrogados pelo juiz auxiliar Rafael Henrique Tamai, do gabinete do ministro Alexandre Moraes, na ação penal 2696, que trata do núcleo militar (3)..

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O coronel analisou que “houve um grande erro” do Exército em relação à falta de posicionamento da instituição sobre os acampados que esperavam uma reação militar. “Ao longo de todo esse período, houve um silêncio ensurdecedor por parte do Exército. Não gostaria de estar aqui criticando a instituição que eu servi por 33 anos, sem nenhuma mágoa”, contou.

O militar declarou que o “vácuo” do Exército somado aos discursos de parlamentares e políticos em geral dava esperança aos manifestantes. Segundo ele, a situação ficava cada vez mais complicada. “Do jeito que estava ali, se Bolsonaro fosse à TV e dissesse que estava acionando o artigo 142 [da Constituição que dispõe sobre as Forças Armadas], aquilo virava um ‘barata voa’. Poderia perder o controle da situação. Um informativo do Exército ali seria importante”, afirmou.

De acordo com a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), o kid preto participava de grupos de Whatsapp com trocas de mensagens visando ruptura institucional. Ainda, na casa do militar teria ocorrido uma reunião de teor golpista no dia 28 de novembro de 2022 em um salão de festas, na Asa Norte, em Brasília.

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