Após vídeo, Moraes considera que Paulo Figueiredo está notificado na ação da trama golpista

Após o influenciador bolsonarista Paulo Figueiredo Filho aparecer em um vídeo na internet, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), considerou que ele está notificado sobre a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) por participação na trama golpista. Dessa forma, o processo pode prosseguir na Corte, e o STF deve agendar o julgamento em que ele pode virar réu.

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Dos 34 denunciados pela PGR, Paulo Figueiredo é o único que ainda não foi julgado em relação ao oferecimento da denúncia porque não apresentou defesa. A Justiça tentou encontrá-lo via edital, sem sucesso. Assim, Moraes nomeou a Defensoria Pública da União (DPU) para atuar no caso. Porém, a entidade se manifestou pela imediata suspensão do processo e do prazo prescricional, uma vez que Figueiredo mora fora do país e não foi possível fazer a notificação por edital. A PGR manifestou da mesma forma.

Contudo, Moraes discordou. Em sua análise, o influenciador tem “pleno conhecimento da acusação” e citou um vídeo intitulado “Urgente! PGR e DPU enfrentam Alexandre e pedem suspensão do processo contra mim”. Moraes destacou o trecho em que o réu se manifestou dizendo que é “louco para ser interrogado” acerca dos fatos que lhe são imputados na presente denúncia. Dessa forma, na análise do ministro, o vídeo demonstra que Figueiredo tem ciência da ação, tanto que destacou o documento da DPU.

“No caso dos autos, a ciência inequívoca do acusado indica a ausência de qualquer prejuízo na realização de sua notificação. Além disso, o acusado Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho está localizado em país estrangeiro e em endereço desconhecido, de modo que não há possibilidade de sua notificação por outros meios”, escreveu.

O influenciador é neto do ex-presidente João Figueiredo, que foi o último mandatário da ditadura militar, entre os anos de 1979 e 1985. Segundo a denúncia da PGR, ele buscou forjar um cenário de coesão dentro do Exército Brasileiro sobre a necessidade da intervenção armada, disseminando assim, desinformação.

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